As crianças são frequentemente vítimas de dores de garganta com respectiva inflamação.Este é o mais comum motivo de ida ao médico que, por seu lado,prescreve uma semana de uso de antibióticos.
Durante anos, a prescrição de antibióticos foi considerada prática adequada embora estudos recentes confirmam que não se prescrevendo qualquer tipo de medicamento, se obtém os mesmos resultados que com antibióticos além de não se provocar efeitos colaterais indesejados.Esses antibióticos deveriam ficar reservados para os apenas 15% dos casos de dores de garganta produzidos por infecções estreptocócicas, isto é,provocadas por uma bactéria temível por consequências não agradaveis.Os pesquisadores testaram antibióticos e placebo (cápsula de açucar) em um grupo de 156 crianças que tiveram problemas de garganta por menos de sete dias.A duração das dores de garganta e os dias que faltaram às aulas foram os mesmos nos dois grupos de alunos,o que provou que o antibiótico não produziu grandes ou melhores resultados.
Aí vai um alerta principalmente aos pediatras que costumam prescrever antibióticos mesmo que não haja tanta necessidade.
Este artigo foi publicado na revista British Medical Journal,em maio de 2.003 |
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