Sérgio Vaisman

 

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FDA- Mais um tiro no escuro

O antibiótico TEQUIN foi retirado da praça nos Estados Unidos e, naturalmente, seguido por outros países, incluindo o Brasil, pois relatórios afirmaram que poderia causar grandes oscilações nas taxas de glicose (açúcar) no sangue. Pelo menos vinte pessoas morreram enquanto o usavam e outras cento e cinqüenta tiveram que procurar hospitais às pressas nos últimos seis anos. Os pacientes mais vulneráveis a este tipo de efeito são os diabéticos e os portadores de doenças renais.
É um medicamento que despertou o interesse dos consumidores devido à propaganda positiva levada aos médicos que, lògicamente, se sentiram seguros em prescrever para seus pacientes.Passaram-se alguns anos e a entidade denominada Public Citizen conseguiu, após muito esforço, uma posição da agência oficial reguladora de medicamentos nos Estados Unidos, o FDA, que passou a alertar para os efeitos inconvenientes aos diabéticos que foram anunciados apenas em fevereiro deste presente ano.
Eventualmente, foi o próprio fabricante do remédio, e não o Fda, que fez a coisa certa e interrompeu a comercialização do antibiótico que ficou com a imagem de uma droga perigosa para o uso. Da mesma forma, foi deixado para o laboratório Merck interromper as vendas do Vioxx, aquele antinflamatório potencialmente causador de problemas cardíacos que foi retirado do mercado há cerca de dois anos. Os órgãos oficiais pressionaram o laboratório e, como sempre, mantiveram-se na expectativa de longe, apenas observando e mantendo-se livres de ataques.
Se o FDA não retira do mercado o medicamento capaz de matar e que foi por ele aprovado após questionáveis testes para a liberação, qual é sua verdadeira responsabilidade? Temos que considerar que alguns de seus membros façam parte dos quadros profissionais dos próprios laboratórios farmacêuticos ou, o que é pior, fazem parte apenas de suas folhas de pagamentos.
Esse tipo de problema tem sido cada vez mais freqüente e coloca o FDA e outros órgãos reguladores com cada vez menos credibilidade. Infelizmente, a corda arrebenta sempre do lado mais fraco pois sòmente depois de sustos e tragédias, as pessoas podem ficar livres do efeito dessas armas potencialmente letais.
Continuaremos a viver à mercê daqueles que, em função de grandes interesses econômicos, pouco se importam e pouco se importarão com a saúde das pessoas. Afinal, quem produz e vende remédios prefere nos ver DOENTES ou com SAUDE? A resposta parece óbvia, não é mesmo?
(junho de 2.007)

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