Sérgio Vaisman

 

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Estatinas- mais motivos para alerta

Está se criando uma verdadeira paranóia entre os fabricantes de estatinas, drogas usadas para a redução dos níveis de colesterol, fazendo-os acreditarem que existe uma “teoria da conspiração” a respeito. A grande razão para manifestações que pedem prudencia no emprêgo dessas substancias é que, a cada dia, mais evidências de efeitos colaterais, mais ou menos sérios, surgem e são divulgados para o conhecimento da classe médica e da população leiga no assunto. Essas drogas sabidamente colaboram para o aparecimento de dores e processos degenerativos musculares, tendência à depressão pela diminuição de síntese de serotonina (neuro-transmissor essencial para a manutenção de equilíbrio emocional), tonteiras, ansiedade, insônia, lesões no fígado (incluindo hepatite), diminuição de libido, catarata progressiva e até a doença de Parkinson, hoje também suspeitada como podendo se originar com tomada progressiva dessas substancias.
Existem estudos que comprometem as estatinas como possíveis causadoras de certos tipos de câncer se utilizadas por tempo prolongado. O problema maior está exatamente aí!. Influenciados pela máquina das indústrias farmacêuticas, os médicos são induzidos a acreditarem que o uso contínuo das estatinas , e por todo o resto da vida, levará os pacientes a se protegerem de situações cárdio-vasculares provocadas pelos excessos dos níveis colesterol. Até hoje se discute se realmente é válido o emprêgo dessas drogas em pacientes que se manifestam com valores de colestrerol acima do normal mas que não desenvolveram problemas coronarianos. Os estudiosos que se mostram contrários às estatinas por períodos longos recomendam seu uso apenas para a redução dos valores e que níveis normais sejam mantidos com mudanças no estilo de vida de forma adequada e uso, quando necessário, de substancias mais naturais e sabidamente isentas de efeitos colaterais tais como a vitamina B3, por exemplo.
Sabemos que o colesterol é uma substancia fundamental para a manutenção da saúde de nossas células e na produção de hormônios nobres e vitais. Leigamente, passamos a acreditar que o colesterol é simplesmente um vilão para nossos organismos e esta falsa afirmação parte daqueles que se interessam em fabricar e auferir lucros com vendas milionárias das estatinas.
Não estou em campanha contra as estatinas mas simplesmente alertando para a existência de seus inúmeros efeitos colaterais e que seu emprego pode ser reavaliado pelos médicos que as prescrevem, sinalizando aos seus pacientes que melhor do que tomarem remédios indefinidamente para reduzirem os níveis do colesterol, medidas higieno-dietéticas saudáveis podem desempenhar esse papel com mais eficácia.
(julho de 2.007)

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