Sérgio Vaisman

 

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Colesterol baixo é sério problema

Criou-se um verdadeiro tabú ao se considerar que o colesterol deve permanecer em níveis baixos para se evitar problemas cardíacos.Os próprios médicos,ao prescreverem medicamentos para baixarem os valores do colesterol, parabenizam os pacientes quando atingem níveis baixos,acreditando que tudo está bem.Grande engano acharmos que isso é verdade.
O colesterol é a principal substancia do organismo responsavel pela produção de alguns hormonios,principalmente os da área sexual(DHEA,testosterona,estrógenos,pregnenolona) e,com a sua falta,deficiências na síntese dos hormonios acontecerão.É frequente encontrarmos pacientes com colesterol baixo apresentando diminuição de libido,diminuição da motivação para exercer atividades que eram prazeirosas,comprometimento de força muscular,depressão e,até,agressividade.Isso ocorre porque a falta do colesterol,além da ligação com os hormonios,faz com que diminuamos a produção de serotonina,substancia importante na regulação do estado emocional e que,se faltando,estimula estados depressivos e/ou agressivos,aumenta a compulsão pela ingestão de carboidratos,favorecendo ao aumento do pêso,sem se falar nos riscos aumentados de cancer do fígado,principalmente nos pacientes mais idosos,e no risco aumentado de doenças cardíacas futuras devido à perda progressiva de COENZIMA Q10,importante substancia celular que ajuda a fornecer oxigenação adequada aos tecidos orgânicos.Será que os médicos,no afã de reduzirem os níveis do colesterol,estão preocupados com tudo isso?Parece-me que não pois,reduzindo satisfatoriamente o colesterol,envia o paciente a um psiquiatra para controlar a depressão ou agressividade,a um endocrinologista para ajudar na redução do peso e ao gastroenterologista ou oncologista quando o fígado mostrar os seus problemas.Quando será que valorizaremos,DE NOVO, o paciente como um TODO?Será que a influência das companhias fabricadoras de remédios continuarão a manipular a mente dos médicos,impedindo-os de raciocinar clinicamente,conforme foi ensinado nas escolas de Medicina?
É óbvio que me preocupo com os níveis elevados do colesterol e procuro reduzí-lo com medicamentos,principalmente nos indivíduos que apresentam maiores condições de risco.Porém,é muito cômodo manter os pacientes usando os remèdios POR TODA A VIDA, ao invés de procurar conscientizá-los a mudanças de estilo de vida que,COMPROVADAMENTE,ajudam a manter o colesterol em níveis satisfatórios.
O maior dos problemas é aquele criado com as SUPER-ESPECIALIDADES médicas.Dá a impressão que o cardiologista só vê o coração,o pneumologista,o pulmão e assim por diante.Será que nos esquecemos de que somos máquinas complexas e um medicamento pode ajudar um setor mas pode seriamente comprometer outros?
Fica a reflexão.

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