O problema da PRÉ-HIPERTENSÃO de novo |
É impressionante a quantidade de pacientes que nos procuram para tirar dúvidas cada vez mais angustiantes a respeito dos NOVOS níveis que caracterizam as condições de risco para hipertensão arterial.Há poucos dias,uma antiga paciente que tem,por base,um forte componente emocional em sua vida,ligou-me assustada pois,ao visitar seu ginecologista,ele encontrou níveis de pressão arterial em torno de 13 por 8.Alertou-a para os sérios perigos de ser acometida de derrame cerebral ou infarto do miocárdio se não procurasse um cardiologista rapidamente para tomar as medidas de controle dessa potencial assassina pressão arterial.Não é necessário afirmar que,a partir desse momento,sua insegurança aumentou muito e fez com que ela passasse a dormir mal por algumas noites até que,realizando o MAPA (monitoramento ambulatorial da pressão arterial),um exame que avalia as variações da pressão por 24 horas seguidas,verificou que seus níveis pressóricos variavam dentro dos limites considerados normais.
Será que o médico simplesmente muda seus conceitos e conhecimentos a respeito de uma condição clínica que ele conhece há tanto tempo,SEM questionar qualquer ponto que traga alguma dúvida? A simples ida ao consultório médico já é suficiente,pela própria e compreensível ansiedade,para modificar a pressão arterial sem que isso reflita anormalidade.Conceitos sobejamente solidificados não podem jogar por terra o que se aprende em Medicina por mais de 100 anos.Não podemos nos comportar como "bois de manada".Temos que avaliar e questionar.Nem seria preciso comentar que esse comportamento dos médicos agrada imensamente aos laboratórios farmaceuticos que verão suas contas bancárias se rechearem polpudamente com a venda de mais e mais medicamentos para diminuir a pressão de muitos pacientes,a partir de agora.
É ou não é verdade que nós,os médicos,somos os maiores complicadores na Medicina?
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