Sérgio Vaisman

 

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É perigoso permanecer com colesterol baixo?

Em 1.994, a American Heart Association publicou um documento entitulado “Very Low Cholesterol and Cholesterol Lowering” ( Colesterol Muito Baixo e Baixando o Colesterol), demonstrando que existia um aumento nos casos de morte por traumas, câncer, derrame cerebral,infecções respiratórias e doenças infecciosas dentre os indivíduos com colesterol abaixo de 160 mg/dl. De qualquer forma, uma importante porção dessas mortes pareciam estar relacionadas com saúde debilitada, não relacionadas com níveis baixos de colesterol.
Desde então, muitos estudos encontraram conexões entre baixos valores de colesterol e depressão, com ou sem ansiedade. Por exemplo, resultados de um estudo na Holanda publicado em 2.000, mostrou que homens de meia-idade com colesterol baixo são mais propensos a severa depressão. Um outro estudo na Duke University Medical Center concluiu que mulheres jovens e saudáveis, com colesterol abaixo de 160 apresentavam-se com tendência bem maior de desenvolverem depressão e ansiedade do que as que apresentavam-se com níveis de colesterol entre 180 e 200 mg/dl ou mais.
Um dos pesquisadores da Universidade Duke, o psicólogo Edward Suarez, afirmou que algumas evidências sugerem que colesterol baixo altera formas de funcionamento das células cerebrais e estas células podem possuir menos receptores de serotonina, alterando certas variações de humor, conduzindo à depressão.
Dois outros recentes estudos realizados no Max-Planck-Institute of Psichiatry, na Alemanha, estabeleceu ligação entre baixos valores de colesterol e aumento do risco de suicídio, depressão, impulsividade e manifestações agressivas. Os pesquisadores concluíram que o consumo suplementar de ômega-3 pode diminuir esses riscos.
Todos esses achados não deixam de ser intrigantes mas se você não se sente deprimido ou ansioso, não há provavelmente razão para se preocupar com o fato do seu colesterol estar baixo mas, por precaução, trate de consumir mais alimentos que contém ômega-3, como sardinhas, salmão ou outro peixe de água fria.
Os médicos, em geral, adoram dar a notícia ao paciente de que seu colestarol está bem baixo mas devem estar atentos a outros tipos de problemas que podem surgir, em função disso, e que podem ser evitados. O próprio uso dos medicamentos para baixar o colesterol, principalmente as estatinas, além de produzirem importantes efeitos colaterais, levam a níveis baixos de colesterol que podem provocar um número apreciável de efeitos indesejáveis.
(março/2.004)

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