Sérgio Vaisman

 

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Medicamentos seguros:quais são e quais não são?

Na Europa, um em cada cinco pacientes é medicado com remédios inapropriados, isto é, estão sendo tratados com medicamentos perigosos à saúde.
Um novo estudo, publicado na revista Journal of the American Medical Association, neste ano, revelou que este problema na Europa é semelhante ao restante do mundo e que, nos Estados Unidos, cerca de 40% dos idosos internados em hospitais tem recebido medicamentos inadequados para o tratamento de seus males. Isto significa que SETE MILHÕES de americanos estão tomando os remédios ERRADOS. As drogas prescritas aumentam riscos e reações adversas, até mesmo a morte, em grupos de pacientes vulneráveis. Algumas dessas drogas aparecem em listas de “substancias perigosas” , distribuídas aos médicos, e se referem aqueles produtos que colocam em risco os pacientes mais fragilizados.
Prescrições inapropriadas sobrecarregam serviços de urgência cardiológica e leitos-extra tem que ser ocupados pelos pacientes que se tornaram vítimas dessa má-química. Uma vez no hospital, o paciente continua aumentando suas chances de ser mal medicado, ratificando a estatística a qual se refere esse estudo.
Medicamentos mal utilizados variam muito de país a país, conforme pesquisa feita na Charles University, de Praga. Na Itália, esse percentual alcança cerca de 15% de todas as prescrições realizadas e na Finlândia esta taxa fica em 12%. O país europeu com a percentagem mais contundente, em têrmos de má adequação medicamentosa em idosos internados, é a República Tcheca , atingindo a assustadora cifra de 40%.
Todos esses dados devem nos servir de alerta para o fato de que, ao internarmos um ente querido em algum hospital, devemos nos colocar vigilantes no acompanhamento da enfermidade, questionando tudo o que nos parecer estranho e , dentro do possível, nos inteirando das possibilidades de melhora e/ou piora do quadro pois nós, médicos, no afã de conseguirmos solucionar tudo o que nos aparece à frente, podemos cometer muitos êrros que podem, em alguns casos, levar à morte de pacientes.
Sabemos que não é possível controlar tudo e nem temos a capacidade e o poder de solucionar todos os problema mas, com a ajuda dos familiares dos pacientes, as condições de sobrevida e a não existência de efeitos colaterais de medicamentos podem ser uma realidade mais coerente. O interesse em conversar com os familiares dos enfêrmos é uma poderosa arma que os médicos possuem para lhes salvaguardar a saúde.
(maio de 2.005)

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