Sérgio Vaisman

 

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Talidomida- a droga "extra-terrestre"

Muitas indústrias aceitam resignadamente seus êrros, param de produzir aquilo que não se mostrou como estando dentro dos padrões propostos e param de “sonhar” com seus produtos.Isto não ocorre com a maioria das indústrias farmacêuticas que procuram constantemente caminhos novos para a aplicação de drogas velhas,mesmo que desabonadas e desacreditadas. Isto ocorre com a TALIDOMIDA, a mais desabonada de todas as medicações já produzidas pois, apesar de aliviar as náuseas matutinas das futuras mamães, foi a pílula responsável pela deformidade de inúmeros fetos ao longo de todo o mundo. Apesar de condenada pelos órgãos oficiais de regulamentação de medicamentos, a talidomida nunca se foi.
Talidomida reapareceu em princípios de 1.990 em países em desenvolvimento,onde havia pouco controle,e recebeu o atestado de eficiência no tratamento da hanseníase.Atualmente, assim como um mutante extra-terrestre, está se transformando de novo, desta vez como droga anti-cancer.Dois estudos demonstraram que esta substancia seria útil no tratamento de pacientes portadores de mieloma múltiplo,um tipo de câncer sanguíneo, e nos casos de melanoma,o mais feroz câncer da pele.Quando associada a outros dois componentes químicos para combater o câncer, a talidomida foi mais efetiva do que os tratamentos oncológicos convencionais, mas a um considerável preço a ser pago.Vinte e seis por cento dos 42 pacientes estudados sofreram infecções,dezenove por cento tiveram que se tratar por causa de formação anormal de coágulos,quatorze por cento tiveram sinais claros de imunodeficiência grave (com pronunciada diminuição de glóbulos brancos)e vinte e oito por cento tiveram agravamento de ritmo intestinal.Dois pacientes faleceram e,no total,trinta e seis por cento dos pacientes tiveram que suspender o tratamento devido à intensidade dos efeitos colaterais.
Após todos estes dados estatísticos, um médico do laboratório responsável pela droga afirmou que o medicamento é “útil”,no fim das contas, como coadjuvante no tratamento do câncer.
É claro que podem haver casos em que uma substancia sabidamente agressiva seja útil no tratamento de condições clínicas difíceis e extremamente graves mas nota-se,neste caso específico,a prioridade dada à “ressucitação” de um tipo de medicamento que tanto mal fez à humanidade,EM NOME DO LUCRO.Quanto aos pacientes...?!?!...PACIÊNCIA.Seja o que Deus quiser...
Em tempo, o laboratório Celgene Corp. está patrocinando estudos para aprovação da talidomida nos Estados Unidos.
(agosto de 2.005)


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