A ida a um consultório médico é, na maioria das vezes, uma questão aflitiva em que o paciente apresenta dúvidas e medos com relação à sua saúde. Temos o costume de dar valor à saúde quando ela se coloca em risco. Por isto, o médico é o caminho para elucidar e, se possível, resolver problemas.
Frequentemente, podemos ser pegos de surpresa devido a um diagnóstico que sugere problemas de maior gravidade e o médico propõe alguma conduta que aumenta a aflição do paciente. Por que, então, não procurar uma segunda opinião, partindo do princípio que a primeira conclusão médica esteja errada? Uma segunda opinião poderá nos dar certeza quanto à primeira ou nos aumentar dúvidas e fazendo até com que tenhamos que tirar a prova com uma terceira opinião.
Sou um incentivador da segunda opinião quando percebo que, ao dar uma notícia que não agrade o paciente, ele procure ouvir outro profissional que seja de confiança dele porque, certamente, minha visão do quadro pode até não ser correta.
Por que afirmo isto? O médico se considera, em muitas das vezes, dono da razão e não vê com bons olhos a intenção de ouvir um outro para que se compare ou confronte as conclusões. Nós, médicos, devemos sempre procurar o aprimoramento dos conhecimentos adquiridos, mas lembrando-nos sempre que somos falíveis, apesar de errarmos com as melhores intenções de ajudar o cliente. Por isto, minha sincera sugestão é que você procure uma outra opinião caso permaneçam dúvidas. O importante mesmo é a sua saúde.